domingo, 1 de março de 2009

Sinteac e CUT x instituições financeiras

Empréstimo ou armadilha? 98% dos servidores estão endividados com consignação em folha de pagamento

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac) vai atender a partir do dia 2 de março, na sede da entidade, todos os sócios da Educação que se sentirem prejudicados pelos empréstimos realizados no Estado. E para os demais servidores a CUT estará disponível para atender as reclamações e solicitar uma ação judicial que revise os juros cobrados indevidamente pelas financeiras.
Decreto publicado no Diário Oficial da União estabelece que as consignações facultativas, nas quais são incluídos os empréstimos, não podem ultrapassar 30% do salário do servidor. Segundo as entidades, há servidores com mais de 50% do salário comprometido pelas financeiras.
Segundo o presidente do Sinteac, Manoel Lima, os créditos consignados no Estado foram uma bandeira de luta que a CUT e sindicatos filiados defenderam arduamente, como é o caso do Sinteac, que entrou na luta em prol aos empréstimos, pois essa bandeira era para fazer com que todos os servidores adquirissem empréstimos com juros menores. Isso garantiria a possibilidade de uma concorrência saudável entre as instituições financeiras que apresentassem a melhor proposta de financiamento.
“As financeiras que vieram para o Estado não podem abusar da bondade dos servidores, pois iremos entrar com um recurso solicitando redução dos juros absurdos que estão sendo cobrados, e se for o caso a devolução do dinheiro recolhido indevidamente”, afirmou.
No entanto, surgiram problemas graves que não estão sendo explicados pelas instituições financeiras, como é o caso de muitos servidores que estão com mais da metade do salário comprometido pelos empréstimos. O decreto estabelece que as consignações facultativas nas quais se incluam os empréstimos, além de planos de saúde e mensalidades de sindicatos e associações, por exemplo, não podem ultrapassar 30% do salário.
Manoel Lima diz ainda que a CUT vai entrar com uma ação judicial pedindo uma auditoria que explique por que existe gente hoje com mais da metade do salário descontado pelos empréstimos, sendo que no decreto só pode ter 10% destinado para convênio e 20% para consignação.
“Se 30% é o que estabelece a lei para empréstimo consignado, como explicar servidores com mais da metade do ordenado comprometido pelos empréstimos? Está acontecendo alguma coisa estranha e é necessário que alguém explique. Fruto disso fica claro que tem gente metendo a mão no dinheiro do servidor, muita gente usando má-fé e trazendo um prejuízo muito grande para os que por necessidade estão se endividando com empréstimos duvidosos no Estado”, ressalta o dirigente.

Fonte: Jornal Página 20

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